segunda-feira, 4 de junho de 2012

Guarujá para todos nós, o ano todo.


Hoje, 4 de junho, li na “Folha” a entrevista do arquiteto José Armênio de Brito Cruz, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Ele é fundador do escritório Piratininga, autor de projetos como a reforma da biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, e o conjunto Comandante Taylor, em Heliópolis, uma das maiores comunidades do Brasil.


Blog do Farid Madi - Fonte: http://x-exclusaosocial.blogspot.com.br

Ao ler sua tese sobre a segregação urbana (que é a reserva de locais para as pessoas ricas e com exclusão das mais pobres) que as cidades fazem pensei na realidade que vivemos aqui em Guarujá e Vicente de Carvalho.


Leia a frase do arquiteto: “A segregação, tecnicamente, aumenta a violência. Seja a segregação do rico no condomínio, seja a reprodução disso nas camadas mais pobres. A integração é contra a violência.”


Quando a gente avalia Guarujá com o olhar de um especialista nos percebemos, infelizmente, numa cidade segregada. Com locais destinados apenas aos turistas, regiões inteiras para condomínios fechados desses mesmos turistas e moradores muito ricos e com bairros alocados para os mais pobres, ou seja, ao nos mantermos em guetos modernos, nos deslocando para as demais regiões apenas para buscar trabalho ou para trabalhar, perdemos a sensação de ter Guarujá à nossa disposição. Segundo o arquiteto, essa seria uma das causas da violência urbana.


O que me anima a pensar, junto com você, meu amigo e minha amiga, a buscarmos uma Guarujá que seja de todos, integrada, sem barreiras, sem áreas reservadas para este ou aquela, só por ser turista ou ter mais dinheiro que a gente. Vamos resgatar Guarujá para todos nós.


Farid Madi



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