quinta-feira, 31 de maio de 2012

Arrumar a casa e arrumar Guarujá.


Nas minhas andanças diárias, faça chuva, faça sol, tenho tido a alegria de ser bem recebido em todos os bairros, em todos os tipos de residências, das mais simples às mais bem equipadas. Em todas entro com respeito e educação e observo um altíssimo padrão de higiene, de limpeza, de cuidado com os móveis e utensílios domésticos. Faz parte de nossa cultura.

Blog do Farid Madi - Fonte: www.efetividade.ne

Nos bairros mais pobres e mais periféricos as donas de casa me pedem para desculpá-las não pelas casas simples, mas pelo estado da rua na frente de casa. Nos bairros em que vivem as famílias com mais segurança econômica, onde esperaríamos uma certa segurança e mais tranquilidade, o que ouço são orientações para não ser assaltado e não cair neste ou naquele buraco.

E cada vez mais percebo que as famílias respeitam em cada bairro ou região da cidade uma espécie de toque de recolher, como se vivêssemos numa guerra. Sair à noite é perigoso, me dizem, não apenas pelo risco de se envolver com um buraco que já tem endereço fixo e muitos deles já comemoram aniversário, mas também da insegurança que já faz parte do ambiente do bairro.

Quando chegam em casa, as famílias se sentem seguras. E podem relaxar diante de uma novela ou de um filme, conscientes do dever cumprido de terem saído para buscar renda para seus filhos. E ainda terem encontrado tempo para arrumar a própria casa, garantindo conforto, higiene e bem-estar.

E muitas mulheres e homens me perguntam por que Guarujá não é arrumada como as residências de seus moradores? A minha resposta é simples: “Para vocês manterem as casas em ordem se dedicam todos os dias e cuidam vocês mesmos com amor à própria residência e às suas famílias”.

Farid Madi


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