quinta-feira, 31 de maio de 2012

Nossos corações e mentes no futuro.


Quando eu era jovem e ajudava meus pais a conseguir um espaço no comércio local para nossa família, lembro-me muito bem de ser chamado várias vezes de “cabeça de vento”. Esse menino, me diziam meus pais, vive com a cabeça no mundo da lua.

Bastava essa advertência para eu “acordar” dos meus sonhos, que sempre tinham a ver com o futuro imediato, e voltar para os meus afazeres e meus estudos. Mais tarde pai, a experiência se repetiu e meus filhos me emocionam muito pois estão sempre com seus corações e mentes no futuro, descubro também, na convivência com jovens e seus pais em Guarujá e Vicente de Carvalho, que há uma batalha permanente em torno do futuro.

Blog do Farid Madi - Fonte: http://manualdafelicidade.blogspot.com.br

Os jovens já perceberam que o mundo que ajudarão a construir será muito diferente e com grandes possibilidades de sobrevivência para aqueles e aquelas que estiverem vinculados com o meio ambiente e souberem se relacionar com conteúdos, ou seja, produzindo algo consistente, nas artes, na música, na experiência profissional uns com os outros.

E por isso, a todo momento, mesmo sem o apoio das autoridades municipais, os jovens estão testando, experimentando, aprendendo e ensinando. O que me faz pensar que se tivéssemos apenas um pouquinho de estímulo do poder público que essa energia se transformaria rapidamente em novas empresas, sustentadas pelas milhares de descobertas que esses rapazes e moças fazem todos os dias.
Os pais estão sempre presos ao chão da sobrevivência e da garantia do bem-estar para seus meninos e meninas. E sofrem com a indiferença de uma administração municipal que joga toda a responsabilidade pela formação do futuro nas costas das famílias.

Mas o futuro sempre vence. E nele estarão como novas lideranças esses jovens de hoje, que encontramos nas ruas com a “cabeça no futuro”. Serão vencedores e generosos, a ponto de garantir uma velhice com altíssima qualidade de vida para seus pais e até mesmo para os agentes da atual administração que deveriam ter acreditado neles e nelas, em pleno potencial juvenil.

Farid Madi


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