segunda-feira, 28 de maio de 2012

Proteger as vidas das nossas crianças em Guarujá


A taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7% entre 1990 e 2010 - de 52,04 mortes por mil nascimentos em 1990 para 19,88/mil em 2010 -, de acordo com um estudo publicado na última edição da revista médica The Lancet, mas para as crianças que nascem em Guarujá e Vicente de Carvalho suas vidas estão constantemente ameaçadas.

Blog do Farid Madi - Proteger as vidas das nossas crianças em Guarujá - Fonte: Internet

O Guarujá, desde 2009, é a única cidade da Baixada Santista que apresenta taxas crescentes de mortalidade infantil, chegando a 19,15 mortes de crianças até um ano de idade, para cada mil nascidos vivos, em 2010.

No Estado de São Paulo a taxa foi de 11,9 mortes por mil habitantes em 2.010.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o elevado índice de mortalidade infantil no mundo e no Brasil se devem, principalmente, a dois fatores: rendimento familiar que afeta a qualidade e a quantidade da alimentação e as condições médico-sanitárias, como falta de pavimentação, esgoto, assistência ao pré-natal e parto, água tratada e condição da moradia.

O que fazer?
A dor de se perder um filho (ou filha) antes de um ano de idade já nos indica que devemos agir e com urgência. Temos que cobrar do poder público investimentos imediatos nas condições médico-sanitárias ou seja, ampliar e monitorar a rede de esgoto, investir na pavimentação e oferecer água limpa e bem tratada. Além disso, é urgente (e quem perde um filho entende esse apelo) administrar o sistema de saúde com eficiência. Melhorar o Programa Saúde da Família e investir na contratação e no controle da presença dos médicos e de pessoal de apoio nos postos médicos.
As mortes prematuras de nossas crianças em Guarujá são tão alarmantes que já chamaram a atenção do Ministério Público Estadual, que instaurou inquérito civil para apuração das causas de elevação da taxa de mortalidade infantil, em fevereiro de 2012.

O Promotor de Infância e Juventude de Guarujá, Osmair Chamma Júnior requisitou diversas informações sobre eventuais Programas municipais que tenham por objeto e finalidade o combate a mortalidade infantil e materna; sobre a estrutura do programa de agente comunitário de saúde; sobre programas de combate às carências nutricionais e de assistência integral à saúde da mulher.
Cabe a nós, pais e mães, agirmos com firmeza e determinação cidadãs. Nossos meninos e meninas estão perdendo a vida antes de completarem um ano por serem mantidos em ambientes insalubres, com água sem qualidade e com esgoto a céu aberto.
É uma tarefa à altura do município e cabe a nós, cidadãos, fazer valer nossa vontade para que nossos filhos e filhas não corram risco de morte. E possam crescer saudáveis como é o sonho e desejo de todo pai e mãe.

Farid Madi


Nenhum comentário:

Postar um comentário