terça-feira, 22 de maio de 2012

Saber amar o povo de Guarujá e Vicente de Carvalho.


Desde os meus sete anos, quando nossa família mudou para Vicente de Carvalho, aprendi a entender e a gostar das pessoas ao meu redor. Chegamos aqui com uma mão na frente e outra atrás e adotamos a vida de mascates. Meu pai saía e eu corria atrás, menino, aprendi que a sinceridade, o sorriso honesto, o aperto de mão caloroso é que confirmam se as pessoas estão mesmo respeitando umas às outras.

Fonte: Internet

Seja para negociar uma mercadoria, seja para fechar um contrato, seja para dar um parabéns a você, aprendi também que é muito fácil falar que se ama o povo de Guarujá e de Vicente de Carvalho, mas provar na prática ao conviver com as pessoas humildes e ricas da mesma maneira, olhando as pessoas nos olhos, ouvindo com atenção os seus problemas, isso é algo que não se aprende na escola ou nos gabinetes.

Hoje, circulo por Guarujá e Vicente de Carvalho e encontro amigos e amigas em todos os cantos, sempre temos histórias para dividir, porque vivemos juntos, mesmo que por poucos instantes e nestes instantes sonhamos juntos como resolver um buraco de rua, a necessidade de melhorar uma escola, o encaminhamento de um pedido.

No fundo, no fundo, continuo o mesmo mascate de sempre e sei o valor que as pessoas têm por elas mesmas e não pelas roupas que vestem ou pelos carros que dirigem.

Entrei para a escola da vida aqui em Vicente de Carvalho e Guarujá e aprendi que temos muito mais chances de melhorar a qualidade de nossas vidas quando aprendemos a ouvir o que a população deseja, num contato real, seja na rua ou no morro, sem ter medo de dar a cara para bater, como dizem.
É por isso que posso afirmar com tranquilidade que eu sei amar o povo de Vicente de Carvalho e de Guarujá, porque aprendi a emoção de respeitar todo mundo desde quando seguia meu pai de porta em porta em Vicente de Carvalho e depois no Guarujá.

Farid Madi

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