O hino da minha vida, na
política ou fora dela, é a música “Nos Bailes da Vida” de Milton Nascimento:
“Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão/Todo artista tem de ir aonde o
povo está”.
Blog do Farid Madi - Milton Nascimento - Fonte da imagem: Wikipedia
É o contato direto com a
população, subindo e descendo morro, convivendo com meus amigos nas
comunidades, trocando ideias, abraços e cumprimentos nas esquinas, amassando
barro e sentindo o calor dessa população que precisa de tão pouco para que a
sorte mude a favor dela que me faz acordar todos os dias e manter a esperança e
a determinação de buscar maneiras práticas e objetivas de acelerar a mudança.
Sem a energia popular, a
gente não consegue mudar e melhorar nada. O Brasil deu esse tremendo salto de
inclusão popular, de melhoria da vida dos mais pobres, porque nosso povo
acreditou em Lula, um ex-metalúrgico e o apoiou na reeleição e na eleição de
sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff.
Mas ao mesmo tempo, sem nos
entregar com eficiência aos destinos que esse mesmo povo espera para suas
famílias e para nossa comunidade, é como ter uma plateia ávida por um bom show
e não apresentar uma boa música.
A canção de Milton
Nascimento é inspiradora por isso. Ao mesmo tempo em que mostra o que motiva e
mobiliza um artista, o cantor mineiro entrega com sua voz maravilhosa uma
canção que nos emociona.
Mas ainda há políticos e
administradores públicos que mantêm o povo, a população e suas famílias à
distância. Mandam seus assessores fazer o contato corpo a corpo. E chegam para
os atos oficiais com um pelotão de choque. Fazem parte do time do ex-presidente
militar, João Batista Figueiredo, que disse: “Prefiro cheiro de cavalo do que
cheiro de povo.”
Farid Madi
Nenhum comentário:
Postar um comentário