terça-feira, 26 de junho de 2012

Quem tem medo do povo?


O hino da minha vida, na política ou fora dela, é a música “Nos Bailes da Vida” de Milton Nascimento: “Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão/Todo artista tem de ir aonde o povo está”.

Blog do Farid Madi - Milton Nascimento - Fonte da imagem: Wikipedia 

É o contato direto com a população, subindo e descendo morro, convivendo com meus amigos nas comunidades, trocando ideias, abraços e cumprimentos nas esquinas, amassando barro e sentindo o calor dessa população que precisa de tão pouco para que a sorte mude a favor dela que me faz acordar todos os dias e manter a esperança e a determinação de buscar maneiras práticas e objetivas de acelerar a mudança.

Sem a energia popular, a gente não consegue mudar e melhorar nada. O Brasil deu esse tremendo salto de inclusão popular, de melhoria da vida dos mais pobres, porque nosso povo acreditou em Lula, um ex-metalúrgico e o apoiou na reeleição e na eleição de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff.

Mas ao mesmo tempo, sem nos entregar com eficiência aos destinos que esse mesmo povo espera para suas famílias e para nossa comunidade, é como ter uma plateia ávida por um bom show e não apresentar uma boa música.
A canção de Milton Nascimento é inspiradora por isso. Ao mesmo tempo em que mostra o que motiva e mobiliza um artista, o cantor mineiro entrega com sua voz maravilhosa uma canção que nos emociona.

Mas ainda há políticos e administradores públicos que mantêm o povo, a população e suas famílias à distância. Mandam seus assessores fazer o contato corpo a corpo. E chegam para os atos oficiais com um pelotão de choque. Fazem parte do time do ex-presidente militar, João Batista Figueiredo, que disse: “Prefiro cheiro de cavalo do que cheiro de povo.”

Farid Madi

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